quinta-feira, 17 de janeiro de 2008







GALILEU GALILEI





Nascido em Pisa em fevereiro de 1564, foi responsável pela criação de inventos e aperfeiçoamento de teorias que caracterizaram as novas descobertas do Renascimento. Em 1581, Galileu matriculou-se na Escola de Artes da Universidade de Pisa para estudar medicina. Quatro anos mais tarde abandonou o curso para dedicar-se à matemática. Em 1589, tornou-se catedrático da Universidade de Pisa. Nessa época começa a fazer as primeiras investigações no campo da física, particularmente em mecânica, tentando descrever os fenômenos em linguagem matemática.

Em 1593, Galileu inventou uma bomba d’água. Em 1597 elaborou um compasso geométrico e militar e em 1606, construiu um termômetro. Após tomar conhecimento das lunetas holandesas, que aproximavam objetos distantes, apesar de pouco potentes e com grandes distorções da imagem, Galileu percebeu que a luneta poderia ser utilizada para explicar questões da teoria heliocêntrica, proposta por Copérnico.Galileu passou a defender a teoria do heliocentrismo, apesar de não se expor muito publicamente. Giordano Bruno já havia sido queimado vivo pela Santa Inquisição da Igreja Católica por defender as idéias de Copérnico.

Dessa forma, Galileu melhorou as lunetas de modo que as imagens ficassem mais nítidas e sem deformações, com um aumento de seis vezes, isto é, duas ou tres vezes mais ao das lunetas da época. Em 1609, empolgado com os primeiros resultados, fabricou uma luneta com aumento de nove vezes, sem deformações. Em 1610, Galileu publicou suas observações celestes no "Sidereus Nuncius" com tiragem de 560 exemplares. Nesse livro falou de montanhas na Lua, dos "planetas" que giravam em torno de Júpiter e nas milhares de estrelas da Via Láctea. Estas descobertas foram muito criticadas por teóricos que não acreditavam em suas experiências.


Em 1611, a Igreja começou a preocupar-se com as idéias de Galileu afirmando que ele era "perigoso", pois suas idéias influenciavam muitas pessoas. Apesar de tentar se defender, foi convocado para enfrentar um tribunal do Santo Ofício. Condenado, foi obrigado a negar suas teorias sob pena de morrer queimado. Sobre este acontecimento existem muitas versões diferentes. Seja como for, Galileu continuou vivo. Nesse período, não parou de trabalhar e publicou clandestinamente, em 1638, o "discurso a respeito de duas novas ciências", onde recapitulou os resultados de suas primeiras experiências e acrescentou algumas reflexões sobre os princípios da mecânica. Essa obra seria a mais madura de todas que escreveu. No mesmo ano Galileu ficou cego. Morreu quatro anos depois, em janeiro de 1642.

ATIVIDADES DE COMPREENSÃO

1- Qual é a tendência dos organismos vivos em relação ao meio ambiente?

2- Quando podemos dizer que "possuímos" a realidade?

3- Quando o homem é sujeito de conhecimento e quando a realidade é objeto?

4- O que é imagem mental no conhecimento humano?

5- Como se diferenciam as três maneiras de conhecer?

6- O que é conhecimento sensorial ou e´mpírico?

7- O que é conhecimento lógico ou intelectual? Cite um exemplo.

8- O que é crença?

9- Por que o conhecimento de fé não é objeto da Filosofia?

10- "Há diferenças entre o real e o conhecido." Explique.

11- Segundo Descartes, de que verdade ninguém pode duvidar? Você concorda com ele? Por quê?


PERGUNTAS FREQUENTES DOS ESTUDANTES

- É para entregar professor?

Resposta: Não querido (a) estudante... É para responder no caderno!
Todos os tipo de conhecimento nos deixam muitas dúvidas, ao lado de algumas certeza. Mesmo sendo aparelhado, o homem é limitado em sua capacidade de captar as reais propriedades dos objetos.
Inúmeras vezes, filósofos e cisntistas proclamaram "Eis a verdade!", para logo em seguida serem contestados por novas descobertas e conclusões.
A objetividade do conhecimento depende da capacidade de percepção do sujeito, dos meios que possui para ter acesso ao dado objetivo. Isso equivale dizer que o conhecimento é limitadi pelo "ponto de vista" do sujeito, pela maneira como os dados são vistos do ponto onde o sujeito o enxerga. Esse "ponto" pode ser geográfico, histórico, cultural, técnico, psicológico, etc. Imagine as diferentes descrições "verdadeiras" que seriam dadas de uma onda no mar vista:

- por um homem a cinco metros dela

- por um homem a 2 mil metros dela

- por um surfista sobre ela

por um homem deitado na areia da praia

QUAL DESSAS DESCRIÇÕES MOSTRARIA AVERDADEIRA ONDA?

E note que só estamos questionando a verdade de uma simples descrição baseada nos sentidos...
No nosso entendimento de realidade, e sua consequente utililização, é lento e gradativo. São nossas limitações de conhecimento que um dia nos fizeram pensar que a Terra era o centro imóvel do universo, que nossas neuroses e psicoses fossem demônios e que o trovão era Deus.

O ALCANCE DO CONHECIMENTO

Conhecemos pelos sentidos, pelo raciocínio e pela crença. Qual desses conhecimentos julgamos mais verdadeiro? Qual deles é o mais objetivo? Qual deles nos dá maior certeza? René Descartes (1596 - 1650), importante filósofo francês, pôs em dúvida as certezas de todos os conhecimentos. Na obra Discurso do método, ele relata sua experiência:

"(...)porque os nossos sentidos nos enganam às vezes, quis supor que não havia coisa alguma que fosse tal como eles nos fazem imaginar. E, porque há homens que equivocam ao raciocinar, mesmo no tocante às mais simples matérias de Geometria, e cometem aí paralogismos (raciocínios falsos), rejeitei como falsas, julgando que estava sujeito a falhar como qualquer outro, todoas as razões que eu tomara até então por demosntrações. E enfim, considerando que todos os mesmos pensamentos que temos quando despertos nos podem também ocorrer quando dormimos, sem que haja nenhum, nesse caso, que seja verdadeiro, resolvi fazer de conta que todas as coisas que até então haviam entrado no meu espírito não eram mais verdadeiras que as ilusões dos meus sonhos. Mas, logo em seguida, adverti que, enquanto eu queria assim pensar que tudo era falso, cumpria necessariamente que eu, que pensava, fosse alguma coisa. E, notando que esta verdade: eu penso, logo existo era tão firme e tão certa que todas as mais extravagantes suposições dos céticos não seriam capazes de a abalar, julguei que podia aceitá-la, sem escrúpulo, como o primeiro princípio da Filosofia que procurava."

Conhecimento de fé

Há objetos da realidade cujas propriedades escapam tanto a nossos sentidos quanto a nosso raciocínio , impedindo que deles tenhamos dados empíricos ou dados intelectuais. Não podemos, por exemplo, saber o que se passa exatamente na cabeça do outro, o que realmente ele está pensando, nem o que está sentindo. Também não sabemos com certeza o que acontece conosco após nossa morte biológica.
Como lidamos com essas realidades? Acreditando na opinião de terceiros. A crença consiste na aceitação de dados na forma como outras pessoas propõem. Quando pergunto a alguém: "O que você pensa sobre mim?", nunca terei certeza daquilo que a pessoa realmente pensa: só posso acreditar no que ela me diz. Ou quando digo que "após a morte, vou para o céu", estou aceitando um dado que me foi transmitido por uma religião, na qual eu acredito.
O conhecimento de fé baseia-se, pois, na autoridade de terceiros. Constitui um voto de confiança no que os outros afirmam. Por isso, a fé não é objeto da Filosofia, uma vez que esta se fundamenta apenas em dados racionais.

sábado, 12 de janeiro de 2008


"Eu penso, logo existo!"
René Descartes

Conhecimento lógico ou intelectual

Diferentemente dos outros animais, o homem consegue ultrapassar os dados captados pelos sentidos. Em outras palavras, o homem tem a capacidade de abstrair, de conservar imagens de objetos que captou, mesmo sem tê-los mais presentes. E mais: dos objetos o homem capta somente as características essenciais, não considerando as qualidades secundárias de cada ser. Por exemplo, a imagem ou conceito que temos de cavalo não traz as cores nem peculiaridades de cada indivíduo da espécie equina. A partir das imagens, o hemem raciocina, combinando-as e tirando conclusões.
A combinação dos dados possibilita analisar, comparar, articular e unir, gerando conceitos, definições e leis indispensáveis ao entendimento (e consequente utilização) da realidade. É pelo raciocínio que percebemos o conjunto dos objetos formais, tais como as figuras geométricas, os números, a relação causa-efeito, a gravitação dos corpos, etc.
Combinando dados, descobrimos que "a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa", que "E = mc² e que "dois pontos materiasse atraem à distância com forças cuja intensidade é diretamente proporcional ao produto de suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distÂncia que os separa".
Ao conhecimento que vai além de nossos sentidos percebem, chamamos lógico ou intelectual.

Conhecimento sensorial ou empírico

Como qualquer outro animal, o primeiro contato do homem com a realidade se dá pelos cinco sentidos. Na verdade, as cores dos objetos por nós percebidos resultam do bombardeio que partículas do objeto, "viajando" em ondas, fazem sobre nossa retina. O som que ouvimos são ondas que deslocam o ar e impressionam nossos tímpanos. O calor e o frio dependem de movimentos mais ou menosacelerados de moléculas em contato com a superfície de nosso corpo. Isso equivale a dizer que visão, olfato, audição, tato e paladar "sentem" as propriedades do objeto. Sentindo os objetos, conhecemos o verdae da árvore, o ruído do avião, o cheiro da pipoca, o gosto do café, a maciez do algodão.
O universo dos objetos físicos é, pois, conhecido pela sensação de suas características. O sujeito cognoscente estabelece com eles uma relação física, apoderando-se de suas propriedades sensíveis.

TIPOS DE CONHECIMENTO

O sujeito (o homem) possui três maneiras básicas de conhecer o objeto. Elas se diferenciam pela forma como o sujeito tem acesso às propriedades do objeto: se pelos sentidos (conhecimento sensorial ou empírico), pelo raciocínio (conhecimento lógico ou racional) ou pela crença (conhecimento de fé).

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

"A ignorância é talvez a raiz de todos os males sociais, porque fere o homem no que lhe é mais específico: a racionalidade."
Dr. Maurício


"O homem não passa de um caniço, o mais fraco da natureza, mas é um caniço pensante."

Dr. Henrique



" Conhecer é poder."

Dr. Gustavo Strawberry

O sujeito e o objeto do conhecimento



Os seres vivos têm potencialidades que se desenvolvem segundo suas necessidades de sobrevivência. Assim, a planta colocada no canto da sala, em lugar de crescer em linha reta, para cima, cresce em ângulo inclinado, à procura da luz vindo da janela. Ela adapta-se à condição do meio. Por motivo semelhante, as minhocas não tem olhos, mas são dotados de tato e olfato muito apurados, necessários no ambiente onde vivem. As aves em geral não precisam de tato e olfato no ambinte aéreo; possuem, em compensasação, uma visão muito aguda, com um mecanismo de filtragem das cores que lhe permitem distinguir a longa distância um inseto na relva verde. O cego, por exemplo, tem o tato e a audição muito mais mais desenvolvidos que qualquer homem com a visão normal.

Em todos esses exemplos, percebe-se uma adaptação de organismos vivos às imposições do meio.

Além das características comuns aos seres vivos, o homem possui a capacidade especial de pensar, o que lhe permite não apenas conviver com a realidade, como também conhecê-la. Conhecer a realidade significa compreendê-la e explicá-la.

O conhecimento humano tem dois elementos básicos: um sujeito e um objeto. O sujeito é o homem, o ser racional que quer conhecer (sujeito cognoscente). O objeto é a realidade (as coisas, os fatos, os fenômenos) com que convivemos. O homem só se torna sujeito do conhecimento quando está diante do objeto a ser conhecido. A realidade só se torna objeto do conhecimento perante um sujeito que queira conhecê-la. O próprio homem pode ser objeto do conhecimento humano.
O fenômeno dá-se do seguinte modo: o sujeito capta as características e propriedades do objeto, formando dele uma imagem mental. Por meio da imagem, o sujeito apodera-se de propriedades que antes pertenciam apenas ao objeto. É a posse das propriedades e características do objeto que nos permite o entendimento e a explicação da realidade. Por isso, quanto mais semelhantes forem a imagem e seu respectivo objeto, maior será a objetividade do conhecimento.